A campanha eleitoral para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem ganhado contornos polêmicos, com acusações de disseminação de notícias falsas. O alvo mais recente é o advogado e influenciador digital Paulo Meira Passos.
Notícia falsa é retirada do ar
Uma matéria publicada pelo portal de notícias MOONBH, considerada caluniosa, motivou exigências de sua imediata remoção por advogados ligados à campanha. Segundo Paulo Meira, o conteúdo divulgado traz acusações infundadas, incluindo alegações de processos inexistentes contra ele. “Não há qualquer prova, processo ou acusação formal contra mim. O próprio cliente desistiu de qualquer denúncia, e isso está registrado publicamente. Além disso, no boletim de ocorrência, sou apontado como vítima de agressão”, afirmou o advogado.
Críticas à postura institucional e à imprensa
Paulo Meira também fez críticas contundentes à postura de setores da OAB, que, segundo ele, deveriam priorizar a defesa dos profissionais da advocacia ao invés de contribuírem para ataques à reputação de seus membros. “Centenas de advogados enfrentam ameaças e agressões diariamente, e a instituição tem falhado em oferecer apoio efetivo. Em vez de se concentrar nesses problemas, expõem informações sem qualquer cuidado ético, ferindo o respeito à profissão”, declarou.
O advogado também questionou a credibilidade do portal que publicou a matéria. Ele classificou o uso de boletins de ocorrência como fonte principal de reportagens como “inaceitável” e criticou erros de português e a abordagem sensacionalista do texto. “Um veículo de imprensa minimamente respeitável não deveria usar documentos não comprovados para fundamentar acusações”, afirmou.
Outras acusações desmentidas
Além disso, o advogado desmentiu informações publicadas na matéria, como sua suposta candidatura à presidência da OAB Jovem. “Essa alegação é completamente falsa, pois os candidatos oficiais são exclusivamente aqueles registrados na formação das chapas da OAB”, explicou.
Paulo Meira também rebateu o tom da reportagem ao mencionar sua candidatura a vereador em Belo Horizonte em 2020, quando obteve 719 votos. Ele argumentou que a matéria ignorou o contexto da disputa e o esforço necessário para alcançar essa marca em sua primeira eleição, sem recursos e sem apoio político significativo.
Medidas judiciais em curso
O advogado informou que já tomou medidas judiciais contra a matéria e contra aqueles que disseminaram as informações falsas em grupos digitais. Ele denunciou a atuação de “milícias digitais” e reforçou que o conteúdo difamatório será tratado nos tribunais. “As fake news disseminadas por esses grupos têm um claro objetivo: prejudicar uma das chapas nas eleições da OAB”, concluiu.
A situação evidencia a crescente tensão nas eleições da OAB, que têm se tornado um campo de batalha não apenas de propostas, mas também de ataques pessoais e notícias falsas.